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terça-feira, 5 de março de 2013

Vira-bosta-picumã








Fonte: http://www.wikiaves.com.br

O vira-bosta-picumã é um passeriforme da família Icteridae. Conhecido também como chopim-picumã ou chopim-azeviche.

  Características

Bastante parecido com o vira-bosta(M. bonariensis), um pouco maior, de cauda mais longa e bico mais curto, plumagem quase sem brilho. Uma parte das coberteiras inferiores das asas e axilares castanhas, difícil de ver (só nos machos). Sexos semelhantes, mas fêmea um pouco menor. Jovem e imaturo são muito diferentes, de plumagem considerada “ancestral”, parda, semelhantes ao asa-de-telha quando sai do ninho, mas não demoram a mudar para plumagem negra no corpo e na cabeça, sendo essa muda bem caracteristica da espécie.

  Alimentação

O vira-bosta-picumã(Molothrus rufoaxillaris) foi observado ocorrendo junto com as seguintes espécies de aves: asa-de-telha-pálido(Agelaioides fringillarius), grauna(Gnorimopsar chopi), vira-bosta(Molothrus bonariensis), garibaldi(Chrysomus ruficapillus), cardeal-do-nordeste(Paroaria dominicana) e tipio(Sicalis luteola). Com exceção de, A. fringillarius e de G. chopi, M. rufoaxillaris agrupou-se apenas com as outras espécies, citadas acima, em atividades de forrageio, que ocorreram ao longo de todos os meses do ano. Belton (1994) e Jaramillo & Burke (1998), também, citam esta característica de M. rufoaxillaris em se agrupar com outras espécies, principalmente, em torno de recursos alimentares. Todas as espécies citadas acima são gregárias (Sick, 1997) e indicadoras de áreas antropizadas (Stotz et al., 1996), sendo que, no período de seca, compreendido entre os meses de abril e setembro, estes agrupamentos foram mais freqüentes e com um maior número de indivíduos. Tal fato pode estar relacionado à escassez e à concentração de recursos em torno de áreas propícias, tais como margens de tanques, lagoas e córregos.

  Reprodução

Ave parasita, como vira-bosta(M bonairensis). Os ovos são extremamente variáveis, avermelhados, azulados, esverdeados, cinzentos, amarelados ou brancos, sem demonstrar uma tendencia de mimetismo com os ovos dos hospedeiros. Tem em média 3 ninhadas por estação com 2 ovos cada uma. Além de se alimentar junto com G. chopi e A. fringillarius, M. rufoaxillaris foi observado durante o período reprodutivo, que ocorreu de outubro a dezembro, compartilhando com estas espécies, locais de pernoite e de exibições de côrte para com o parceiro. Tanto G. chopi quanto A. fringillarius foram vistos agredindo M. rufoaxillaris próximo aos seus sítios de nidificação. Estas interações agonísticas indicam que as duas espécies são incomodadas pelo nidoparasita, o qual é incansável na procura por ninhos de hospedeiros, inspecionando incessantemente ocos em árvores (locais de nidificação de G. chopi) e ninhos de gravetos (locais de nidificação de A. fringillarius). Ao exibir-se para a fêmea, o macho de M. rufoaxillaris erguia o corpo e eriçava as penas da nuca com a cabeça direcionada para baixo e flexionava as asas e a cauda cantando, sendo que, geralmente após 5 a 10 exibições, ocorria a cópula. Após as atividades de corte, os indivíduos do casal não se apartavam um do outro, sendo que o macho seguia a fêmea por onde ela fosse. Estas duas atividades, também, foram reportadas para M. rufoaxillaris no sul de sua área de distribuição geográfica (Jaramillo & Burke, 1998).

  Hábitos

 É uma espécie típica de áreas abertas, ocorrendo em plantações de cereais, pastagens, terreiros de fazendas e campos com árvores esparsas.

  Distribuição Geográfica

No Brasil, esta espécie é encontrada nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso (Sick) tendo recentemente invadido estados mais ao norte como São Paulo e Minas Gerais (Willis & Oniki; Gontijo).

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