Características
Mede cerca de 39 cm de comprimento. De uma coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores. As gralhas azuis são aves muito inteligentes só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação é bastante complexa consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.
Alimentação
A gralha-azul é uma ave onívora.
Reprodução
o No período reprodutivo que se inicia em outubro e se prolonga até março, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na coroa central da araucária, quando lá existente. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50 cm de diâmetro, em forma de taça, são postos 4 ovos, em média, com coloração azul-esverdeados com numerosas manchas claras.
Hábitos
Varia de rara a localmente comum no interior e nas bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Porém, não é correta a opinião de que a gralha-azul seja uma ave típica e exclusiva dos pinheirais, pois habita também regiões de Mata Atlântica ou mesmo ilhas florestadas da baía de Paranaguá (litoral paranaense), onde estas árvores não existem. Vive em grupos pequenos, de 6 a 8 indivíduos. Apresenta o hábito de esconder sementes de pinheiro, como meio de guardar comida, esquecendo-se com freqüência de algumas delas. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná. A gralha-azul é o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias frutificam, bandos de gralhas laboriosamente estocam os pinhões para deles se alimentar posteriormente. Neste processo, as gralhas azuis encravam fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de putrefação, ou mesmo nas partes aéreas de raízes nas mesmas condições, local propício para a formação de uma nova árvore.
Distribuição Geográfica
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