Fonte: http://www.wikiaves.com.br/
A guaracava-de-barriga-amarela é uma ave passeriforme da família Tyrannidae. Seu nome científico significa: do (grego) elaineos = da cor de azeite, verde oliva; e do (latim) flavus = amarelo; e gaster = ventre, barriga. ⇒ (Ave) verde oliva com barriga amarela. Possui os nomes comuns de maria-é-dia (São Paulo), maria-já-é-dia, bobo (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), caracutada (Pernambuco), cucuruta, cucurutado, guaracava (São Paulo), guaracava-de-crista-branca (Pernambuco), maria-acorda, maria-tola (Minas Gerais) marido-é-dia e joão bobo(Santa Catarina). A guaracava-de-barriga-amarela, como também é conhecida, pertence ao gênero Elaenia que é famoso entre os ornitólogos pela dificuldade na identificação de suas espécies. É a guaracava mais comum e mais abundante por todo o Brasil. Embora, signifique que para uma identificação com estrita segurança e confiabilidade necessita-se do auxílio da vocalização(ouvir ou gravar a voz). Estas espécies crípticas somente poderão ser identificadas em campo, no local, não há uma mínima possibilidade se aplicarmos a comparação visual através dos registros fotográficos. Esta assertiva é de difícil aceitação pelos observadores que fazem seus registros.
Características
Mede cerca de 16 centímetros. É uma das espécies de maior porte do grupo. E menor apenas que Elaenia spectabilis - com a qual se parece bastante - Elaenia pelzelni, Elaenia obscura e Elaenia dayi - a maior do grupo. É, também a de comportamento mais chamativo. As costas são mais oliváceas do que as outras aves do gênero. As duas faixas brancas da asa ficam mais nítidas devido ao contraste. Na cabeça, mais acinzentada, destaca-se um anel branco ao redor dos olhos e uma pequena área clara entre o olho e o bico. As penas do topete são longas e mantidas eriçadas, sem ter o aspecto “despenteado” de Elaenia cristata. Garganta branca com um tom acinzentado nos lados e no peito, antes de chegar à barriga amarelada. Logo depois da muda (março/abril), o amarelo é mais forte, esmaecendo com o envelhecimento da pena, até chegar a um cinza com leve amarelado no final do ano.
Alimentação
Muito ativas, movimentam-se por áreas abertas e copas das matas, buscando invertebrados e pequenos frutos. Alimenta-se principalmente de pequenos frutos como amora, erva-de-passarinho, magnólia-amarela e figos-benjamim, mas também come insetos como formigas, besouros, cigarrinhas e cupins voadores.
Reprodução
Nas madrugadas do período reprodutivo possui um chamado baixo e grave, repetido continuamente, a primeira parte ascendente, um intervalo e a continuação descendente, no mesmo tom. Seu período de reprodução acontece de julho a novembro. Seu ninho é em forma de tigela funda de fibras vegetais e raízes finas, presa com firmeza sobre um galho horizontal e revestida por fora com uma camuflagem perfeita de líquens e cascas de árvores e a fêmea bota em média 2 ovos de cor creme com manchas vermelhas. A incubação leva cerca de 16 dias e os filhotes desenvolvem a plumagem dentro dos 16 dias após a eclosão.
Hábitos
Raramente descem ao solo. Passam a maior parte do tempo subindo às copas das árvores. Costumam empoleirar-se em locais expostos, vivendo em casais ou pequenos grupos familiares. Durante o dia, possuem um canto característico, diferente das outras espécies desse gênero. Ele lembra o apito de um mestre de bateria de escola de samba. É emitido por uma das aves do casal e a outra imediatamente responde.
Distribuição Geográfica
Ocorre do México à Bolívia e Argentina, e em todas as regiões do Brasil
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