Registros de pássaros encontrados, nas proximidades do parque nacional das araucárias...
Photo of birds found nearby "PARNA - Parque Nacional das Araucárias" in Santa Catarina, a southern state of Brazil.
A Caraúna-de-cara-branca (Plegadis chihi) é uma ave Ciconiiforme da família Threskiornithidae.
Seu nome significa: do (grego) plëgados, plegadis = em forma de foice, falciforme; e chihi = onomatopeia francesa para o som emitido por este pássaro (Vieillot(1817)). ⇒ ave com bico falciforme que emite o som “chihi”.
Características
Mede de 43 a 65 cm. e pesa cerca de 610 g. Plumagem castanho-escura com lustro verde e purpúreo metálico no dorso, asas, cabeça e pescoço. Uma borda de pena branca cerca a pele facial que é de uma cor entre rosada e vermelha. As pernas são avermelhada.
Alimentação
Alimenta-se no raso de lagos, lagoas, rios, e terras inundadas. Também em campos de arroz e alfafa quando inundados. Pega peixes e vários outros pequenos vertebrados e invertebrados aquáticos.
Reprodução
Podem ser achados ninhos em pântanos, arbustos ou árvores, especialmente em ilhas com vegetação. Ninhos construídos no chão são normalmente tecidos de junco seco, enquanto aqueles em árvores são construídos de galhos e ramos. O número de ovos é de três ou quatro, com um período de incubação de cerca de 21 dias.
Hábitos
Habita terras úmidas e todos os tipos de terra agrícola. Se reúne ao redor de riachos, lagos e outras fontes de água.
Algumas populações migram entre as áreas de cria e de inverno, mas outras, especialmente aquelas da América do Sul, permanecem na mesma área ao longo do ano.
Distribuição Geográfica
Duas áreas separadas: Peru, Brasil, Chile, Argentina e México, Estados Unidos.
A marreca-de-bico-roxo é um anseriforme da família Anatidae. Conhecida também como marreca-rã (Rio Grande do Sul), marreca-tururu e marrequinha.
Seu nome significa: do (grego) nömaö = possuir, aquele que possui; e onux = unha; e de dominica, domingensis = referente a Santo Domingo no Caribe; (Hispaniola); dominicana. ⇒ Ave dominicana que possui unha.
Características
Mede cerca de 37 cm de comprimento. O macho tem cor ferrugínea, com a cabeça preta e a fêmea é mais clara e tem a cabeça estriada de preto e branco.
Alimentação
Nada e mergulha bem, em busca das plantas das quais se alimenta.
Reprodução
Hábitos reprodutivo
Hábitos
Comum em lagoas com vegetação e pastos alagados. Vive aos pares ou em grupos de até 20 indivíduos. Normalmente esconde-se na vegetação densa, sendo difícil observá-lo.
Distribuição Geográfica
Presente em grande parte do Brasil e desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina.
Ocorrências registradas no WikiAves
O maçarico-de-perna-amarela é uma ave charadriiforme da família Scolopacidae.
Seu nome significa: do (grego) trungas = pássaro branco que sacode a cauda mencionado por Aristóteles sem ser completamente identificado, mas tomado por autores posteriores como sendo um maçarico ou alvéola; e do (latim) flavus = amarelo; e pes = pé. ⇒ Maçarico de pé amarelo.
Características
Tem cerca de 25 centímetros e o bico tem apenas 35 milímetros. A parte superior da sua plumagem é cinzenta e pintalgada de branco, já o seu peito é claro com riscos cinzentos e o ventre é branco. Suas pernas são altas e amarelas e a cauda é branca.
Manifestações sonoras: emite um forte e estridente “wöt-wöt”, levantando as asas (alarme).
Alimentação
Alimenta-se de minúsculos seres marinhos, expostos na areia pelas ondas retrocedentes.
Reprodução
Defende fortemente o seu território. Vive em casal, mas ocorre também poliandria, quando o espaço é amplo. Nidifica sobre folhas de ninfeias, põe quatro ovos castanho-amarelados, bastante manchados. Apenas o macho choca e zela pelos filhotes. Para proteger o ninho, finge estar com uma perna quebrada debatendo-se como se não pudesse voar, para assim, despistar o seu predador. Os filhotes são nidífugos, logo após a eclosão saem por sobre plantas aquáticas; já nesta idade são extremamente pernilongos e sabem mergulhar.
Hábitos
Vive em regiões úmidas tanto do interior como do litoral, em praias lamacentas e abertas de lagos e rios. Suas presas são localizadas visualmente ou acusticamente, sendo apanhadas em águas rasas ou na lama. Pode transferir plantas de um continente ao outro por intermédio, de sementes vivas nas suas dejeções. Regurgita pelotas, que contêm a quitina do exoesqueleto dos artrópodes ingeridos.
Distribuição Geográfica
Ocorre em todo o Brasil, até a Terra do Fogo. Nidifica no Círculo Polar Ártico.
O gavião-de-rabo-branco é uma ave accipitriforme da família Accipitridae. É conhecido também por curucuturi, gavião-branco, gavião-de-cauda-branca e gavião-fumaça.
Seu nome significa: do (grego) geranos = grua, guindaste; e aetos = águia; e do (latim) albus = branco; e caudatus = cauda. ⇒ Águia com cauda branca. “Aguila coliblanca” de Azara(1802–1805) (Buteo).
Características
Atinge 55 centímetros de comprimento. É um gavião grande podendo ser encontrado dentro de cidades. Constrói o ninho sobre árvores ou rochas com galhos secos. Pesa cerca de 950 a 980 gramas. Ave de rapina de porte compacto, com plumagem negro-acizentada, com exceção do entorno dos olhos, que é branco, e a cauda, que é branca e barrada de preto. Tem o bico negro-acinzentado e o cerume amarelado.
Indivíduos com plumagem melânica
O melanismo se consiste no aumento da produção de melanina, conferindo coloração mais escura ao indivíduo. Indivíduos melânicos se associam normalmente com outros indivíduos da mesma espécie, já que o melanismo não traz doenças associadas como o albinismo.
O caso dos rapinantes
No caso de algumas espécies de rapinantes, os indivíduos melânicos são chamados de indivíduos morfo escuro, fase escura, ou o termo em inglês “dark morph”. Nesse caso, a mutação não surge ao acaso, sendo que ela já está estabelecida. Numa mesma ninhada é possível haver indivíduos melânicos e não-melânicos. Os rapinantes “morfo escuro” apresentam essa coloração pelo resto da vida. O melanismo nesse caso dificulta a identificação das aves em campo, já que essas possuem uma coloração diferente da original e podem ser confundidas com outras espécies.
Alimentação
Alimenta-se de insetos, répteis, mamíferos, anfíbios e até outras aves de menor porte. Também vasculha estradas em busca de animais atropelados. É menos um predador especializado do que um generalista, que se concentra em presas de pequeno tamanho e de fácil captura. Pratica a caça de espreita lançando-se sobre a presa de um galho, tronco, estaca ou mesmo de postes de iluminação. Plana muito a procura de alimento. Procura queimadas para capturar animais no solo ou em pleno ar espantados pela fumaça.
Reprodução
Constrói o ninho sobre árvores ou rochas com galhos secos.
Hábitos
Afronta o vento em vôo elástico elegante, pairando com as asas imóveis, movendo apenas as primárias e a cauda para manter o vôo. Toma banho de sol arrepiando a plumagem.
A perdiz é uma ave tinamiforme da família Tinamidae. Também conhecida como perdigão (Rio Grande do Sul), napopé e inhambupé (Nordeste).
Seu nome significa: do (grego) rhunkhos = bico; e otës = apresentando, característico; e do (latim) rufus = vermelho; rufescens = avermelhado. ⇒ Ave avermelhada e com bico característico.
Características
Ave terrícola, mede entre 35 e 37 cm de comprimento, sendo a maior ave campestre da família Tinamidae. É muito semelhante à codorna-amarela, diferindo dessa por ser muito maior e pelo pio diverso.
Alimentação
Alimenta-se principalmente de cupins, gafanhotos e outros insetos, assim como raízes e tubérculos que consegue cavando a terra com seu bico forte, longo e curvo.
Reprodução
O ninho da perdiz é um buraquinho na terra, formado com palhas secas, feito pelo macho. É o macho também que choca as ninhadas de 3 a 9 ovos de coloração cinzento-escura ao chocolate, e cuida dos filhotes que nascem após cerca de 21 dias.
O período de postura dessas aves vai de setembro a março. Nesta época canta desde o amanhecer, não parando nem mesmo nas horas de sol mais quente. O ninho é feito sob o abrigo de uma touceira de capim. Após a postura a fêmea, piando sempre, sai em busca de outro companheiro para preparar nova ninhada. O macho é o responsável pela incubação dos ovos.
No sistema de acasalamento em Rhynchotus rufescens tem sido relatado um nítido aumento de reprodução pelo hábito da fêmea em acasalar-se com diferentes machos, sucessivamente, e a aceitação por parte do macho em incubar e cuidar da prole. Esta isenção da incubação e do cuidado da prole permite a fêmea reduzir o tempo necessário entre duas posturas sucessivas, devido à recuperação mais rápida de energias gastas durante um período de reprodução (MENEGHETI & MARQUES, 1981). Ao referir-se a Rhynchotus rufescens, LIEBERMAN (1936) considera a poliandria como uma adaptação eloquente à reprodução rápida num curto período, já que mais de uma fêmea faria postura num mesmo ninho. Assim, mais rapidamente é atingido um número mínimo de ovos normalmente observados nos ninhos. A incubação se iniciaria mais rapidamente e, desta forma, os ninhos ficariam menos expostos a riscos.
Hábitos
Vive nos campos sujos, cerrados, buritizais e caatingas. A Perdiz é mestre em camuflagem. Quando ameaçada pela aproximação de um inimigo, confunde-se com os capins, abaixando-se logo que pressente o perigo. Se o estranho se aproxima mais ainda de seu esconderijo, salta subitamente em voo rápido e barulhento, sumindo lá adiante na vegetação campestre.
Curiosidade
origem do nome perdiz
Dédalo tinha tanta vaidade com suas realizações, que não tolerava a idéia de um rival. Sua irmã entregou aos seus cuidados um filho, Pérdix, a fim de aprender as artes mecânicas. O jovem era um bom aluno e deu provas de notável habilidade. Caminhando, certa vez, na praia, encontrou uma espinha de peixe. Imitou-a com um pedaço de ferro, que chanfrou na borda, inventando, assim, a serra. Uniu dois pedaços de ferro, prendendo-os na extremidade com um rebite e aguçando as duas outras extremidades, e construiu um compasso. Dédalo teve tanta inveja das invenções do sobrinho que, quando os dois se encontravam juntos, certo dia, no alto de uma torre muito elevada, atirou-o para fora. Minerva, que protege a habilidade, viu-o cair e evitou sua morte, transformando-o numa ave, que recebeu seu nome, a perdiz. Essa ave não constrói seu ninho nas árvores nem voa alto, acomodando-se nas sebes e, lembrando-se da queda, evita os lugares elevados.(Mitologia na História)
Distribuição Geográfica
Todo o Brasil até o sul do rio Amazonas e também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Ocorre excepcionalmente na ilha do Marajó, onde deve ter sido introduzida.
O falcão-de-coleira é uma ave falconiforme da família Falconidae.
Seu nome significa: do (latim) falco com origem no (grego) phalkön = falcão; e do (latim) femoralis, femoral, femur = cobertura para a coxa, fêmur. ⇒ Falcão com cobertura na coxa.
Também conhecido como cauré, gavião-de-coleira e gavião-pombo (SP).
Características
Possui 36 centímetros. Espécie esbelta, de asas e cauda bastante longas. Possui largas faixas supra-oculares brancas ligando-se na nuca. Na asa aberta nota-se orla posterior nitidamente esbranquiçada, secundárias com larga ponta branca, o que é bem pronunciado em voo.
Alimentação
Caça rente ao solo em campos e restingas. Às vezes peneira. Come insetos, também cupins em revoada, lagartixas, morcegos e ocasionalmente pássaros e até cobras peçonhentas como a jararaca. Aparece nas grandes queimadas, onde pousa em árvores à frente do fogo para localizar presas.
Estes rapinantes costumam caçar em pares e utilizam poleiros altos como este para terem uma visão privilegiada.
Ao avistar uma presa em potencial (geralmente pombas/rolinhas), um deles faz a primeira investida enquanto segundos depois o outro sai, alternando os mergulhos sobre a presa. Muito bonito de se ver.
Reprodução
Não constroem ninhos, pois ocupam os já feitos por outras aves. Os ovos costumam ser densamente manchados, mas podem ser marrons quase uniformes.
Hábitos
Espécie campestre, ocorre em campos, cerrados, cerradões e até áreas urbanas.
Distribuição Geográfica
Ocorre dos Estados Unidos à Terra do Fogo, todo o Brasil.