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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mãe-da-lua












Fonte: http://www.wikiaves.com/


mãe-da-lua é um caprimulgiforme da família Nyctibiidae. Conhecido também como urutau, urutau-comum, urutágua, Kúa-kúa e Uruvati (nomes indígenas - Mato Grosso). O nome urutau é tupi e significa “ave fantasma”. Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas. Conta uma famosa lenda boliviana, que na densa mata habitava a bela filha do cacique de certa tribo, enamorada por um jovem guerreiro da mesma tribo, a quem amava profundamente. Amava e era amada. Ao saber do romance, o pai da menina, enfurecido pelo ciúmes, usou suas artes mágicas e tomou a decisão de acabar com o namoro da maneira mais trágica: matar o pretendente. Ao sentir o desaparecimento de seu amado, a jovem índia entrou na selva para procurá-lo. Enorme foi sua surpresa ao perceber o terrível fato. Em estado de choque, voltou para casa e ameaçou contar tudo à comunidade. O velho pai, furioso, a transformou em uma ave noturna para que ninguém soubesse do acontecido. Porém, a voz da menina passou à ave. Por isso, durante as noites, ela sempre chora a morte de seu amado com um canto triste e melancólico. No Peru, mais especificamente na amazônia peruana, o Nyctibius griseus é uma ave arraigada na mitologia dos povos indígenas , onde é conhecido como “Ayaymama”, pois seu canto também lembra uma criança exclamando “ai, ai, mama!”. A lenda peruana conta que um bebê foi abandonado por sua mãe na floresta para evitar que morresse por uma peste que já havia dizimado todo o povo. Ele então se transformou em uma ave, que todas as noites lamenta por sua mãe. Há muita superstição em torno dessa ave. Algumas pessoas, por desconhecimento acabam por rejeitá-la com medo de mau agoro ou má sorte. Infelizmente, por esse motivo, muitas solicitam o seu recolhimento pela Polícia Ambiental que acaba depositando-as em centros de triagem.

  Características

Mede cerca de 37 centímetros de comprimento, 80 centímetros de envergadura e pesa entre 160 e 200 gramas (macho). De cor cinza ou marrom mesclando vários tons destas cores com o branco e o preto (rajado, no popular). Possui uma adaptação única em aves, chamada de "olho mágico". São duas fendas na pálpebra superior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olhos fechados.

  Alimentação

Alimenta-se de insetos noturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, os quais caça em voo.

  Reprodução

Põe um ovo, em cavidades de tocos ou galhos, a poucos metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias. O filhote permanece no ninho em torno de 7 semanas.

  Hábitos

Comum em bordas de florestas, campos com árvores e cerrados. Ainda que tenha o hábito de pousar em locais abertos, permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho. Tem o hábito de cantar a noite.

  Distribuição Geográfica

 Presente localmente em todo o Brasil, inclusive na periferia de cidades como o Rio de Janeiro. Encontrado também da Costa Rica à Bolívia, Argentina e Uruguai. Ocorrências registradas no WikiAves

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