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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Choca-da-mata













Fonte: http://www.wikiaves.com.br/

 O gênero Thamnophilus ainda é motivo de muitas controvérsias entre os ornitólogos que ainda não chegaram a conclusões bem fundamentadas sobre o status taxonômico de boa parte de suas espécies, inclusive a choca-da-mata. Seu nome em inglês, variable antshrike, diz muito sobre sua aparência, que é de fato muito variável. Existem pelo menos 12 subespécies e talvez algumas delas ainda sejam separadas em espécies distintas. Como se não bastasse ainda há uma outra espécie, na verdade um grupo de subespécies que têm sido elevadas a espécies, que é o das chocas-pintalgadas (Thamnophilus punctatus), muito parecidas com as chocas-barradas, mas tendendo a apresentar uma coroa mais negra e as manchas das asas e da cauda mais definidas. Também chamada de ana-choca.

  Características

Tem 15 centímetros e pesa 20 gramas. Há dimorfismo sexual, a coloração do macho é meio acinzentada, o alto da cabeça é negro e o ventre é mais claro. Já a fêmea distingue-se pela plumagem parda. Ambos os sexos possuem pintas claras nas asas. Uma característica que distingue esta espécie de outras chocas é a falta de pintas ou barras escuras ou de manchas pardas no macho. Provavelmente a choca mais comum das bordas de mata do Brasil não-amazônico, a choca-da-mata é na verdade um complexo de subespécies que compreende algumas populações provavelmente merecedoras do status de espécie, seja pela coloração, pelo isolamento geográfico ou pela vocalização, como é o caso da subespécie do nordeste (Thamnophilus caerulescens cearensis), com vocalização claramente distinta das populações ao sul. Costuma emitir um apelo audível, parecendo um “gá-a”, “gá-a”, com acentuação mais forte na primeira sílaba.

  Alimentação

Assim como outras chocas alimenta-se basicamente de insetos que captura ao inspecionar as folhas e os caules de trepadeiras, mas também pode incluir pequenos frutos em sua dieta.

  Reprodução

Na região Sudeste sua vocalização consiste em um canto que lembra algo como “au”, repetido cerca de 6 vezes consecutivas. Existe uma vocalização mais aguda e menos intensa, um piado curto que o casal emite enquanto se desloca, como se fosse uma conversa entre os dois. O ninho é uma pequena tigela feita a base de gravetos sobre uma forquilha de árvore ou nas ramagens de trepadeiras. O casal se reveza na construção do ninho e alimentação dos filhotes, que costumam ser dois, mas já foram relatados casos em que o macho abandonou o ninho e a fêmea criou os dois filhotes sozinha e com sucesso. Pões dois ovos claros/sujos com pintas e desenhos pela superfície.

Hábitos

É uma espécie encontrada geralmente aos casais nos estratos médios e inferiores de florestas secundárias, nas matas de galeria e bordas de matas densas pulando por entre as ramagens, trepadeiras e cipós. Aparentemente vem ganhando espaço nas regiões urbanizadas mais arborizadas como parques e pomares. Seu nervosismo pode ser observado pelo movimento da cauda e do píleo. Costuma abaixar lentamente a cauda. Locomove-se predominantemente saltando e pulando, seja pela ramaria ou no solo. Pode ser vista remexendo as ramagens e folhas.

  Distribuição Geográfica

Ocorre em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo belo trabalho! um país sem futuro é o país que esquece que tem que preservar o que ainda existe!

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