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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Maguari




  



Fonte:www.wikiaves.com.br.

 

O maguari é uma ave ciconiiforme da família Ciconiidae.

É conhecida ainda pelos nomes de cauanã, cauauá, cauauã (Paraná), cegonha, jaburu-moleque, joão-grande, maguarim, mauari, tabujajá, tapucaiá, baguari e tabuiaiá (Pantanal e Mato Grosso).

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) ciconia = cegonha; e do (tupi) maguari, baguari = bico forte, bico grande e resistente. ⇒ Cegonha com bico forte.

Características

Mede até 1,4m de altura com uma envergadura de mais de 2m. Pesando até 4,5Kg. Possui plumagem branca, rêmiges, coberteiras superiores e cauda negras, região perioftálmica e base do bico nuas e vermelhas.

Nas aves adultas da espécie sul-americana e da européia, há uma distribuição de cores idêntica. No entanto, o maguari é maior e seu bico é acinzentado, com ponta escura. Possui uma pele exposta avermelhada entre o bico e o olho amarelo. Quando sobrevoa muito alto uma área, pode ser confundido com o cabeça-seca. No entanto, o pescoço é coberto com penas brancas (ao contrário do pescoço nu dos cabeças-secas adultos); a cauda, negra, pequena e bifurcada, fica quase totalmente escondida em vôo pelas longas penas brancas do ventre (no cabeça-seca, a cauda e asas negras formam um conjunto único e notável). As pernas são mais longas do que no cabeça-seca, passando bem a cauda. Essas características são as mais visíveis com boa luz. O corpo do maguari é mais esguio e é maior do que o cabeça-seca. A ave juvenil fica com uma plumagem negra durante algum tempo, após a saída do ninho. Logo, é possível ver essa plumagem mesclada com o branco definitivo do corpo.

Alimentação

Captura essencialmente invertebrados aquáticos, crustáceos, anfíbios, cobras aquáticas e peixes.

Reprodução

Nidifica sobre plantas aquáticas, em ilhas flutuantes e na parte mais densa de grandes brejos. As colônias são de 5 a 20 ninhos, próximos entre si por algumas dezenas de metros. Põe 4 ovos, sendo raros os locais de reprodução conhecidos para essa espécie no Pantanal. Os adultos não emitem chamados. Realizam uma série de danças de acasalamento nas proximidades dos ninhos, onde macho e fêmea fazem batidas ritmadas de bico. É possível que o som produzido pelos bicos nesses encontros seja a razão do seu nome pantaneiro, tabuiaiá.

Hábitos

A maguari é uma das espécies de cegonha mais difíceis de serem avistadas em ambiente natural, pois enquanto outras cegonhas permanecem em brejos com pouca vegetação, este permanece em campos úmidos e campos alagados, em geral ambientes úmidos de vegetação densa.

Distribuição Geográfica

Encontrada em grande parte da América do Sul, sendo comum nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul e restrita na Amazônia e no Nordeste do Brasil.



terça-feira, 20 de outubro de 2020

Peixe-frito-pavonino

 




Fonte:https://www.wikiaves.com.br


Características

Mede entre 27 e 30,5 centímetros de comprimento e pesa entre 40,5 e 54 gramas (del Hoyo; et al., 2016).
Vocaliza durante o dia e até de noite, em sequências mais longas que as do saci, em quatro a cinco sílabas de “u i uu” ou “u-í u-ii”.

Alimentação

Usa a cauda e as asas para movimentar as folhas caídas no chão enquanto caminha ou fica parado, esticando o pescoço para capturar as presas em fuga, afugentadas pelo movimento que causou. Alimenta-se principalmente de pequenos insetos, larvas e minhocas.

Reprodução

Seus hábitos reprodutivos são parasitários. Parasita principalmente os ninhos fechados em forma de bolsa pendular de pequenos tiranídeos dos gêneros TodirostrumMyiornis e Hemitriccus e de pequenos thamnophilídeos que constroem ninhos abertos, como a choquinha-lisa.

Hábitos

Habita em orlas de matas primárias, matas secundárias e em bordas de matas secas. A espécie é intolerante a fragmentação florestal. Salienta-se que como a densidade dessa espécie é naturalmente baixa, num ambiente fragmentado isso pode aumentar ainda mais sua possibilidade de extinção local.

Distribuição Geográfica

Segundo Sick (Ornitologia Brasileira, 1997) a espécie ocorre na região setentrional da América do Sul, em sentido meridional até o Paraguai e Argentina. No Brasil é encontrado na Amazônia, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Não é incomum no Paraná (Scherer-Neto e Straube, 1995). A espécie foi registrada no Rio Grande do Sul pela primeira vez apenas na década passada (Albuquerque, 1996). Em SC ocorreu registro da especie em 2010. Verificando-se os registros da espécie na plataforma Wikiaves pode-se observar que ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia sendo praticamente ausente na Caatinga, no Pantanal e nos Pampas. Predomina no entanto no centro-sul do Brasil porém ausente até o momento no Rio de Janeiro e Espírito Santo, em Minas Gerais parece haver uma pequena população isolada na região de Ouro Preto.

domingo, 20 de setembro de 2020

Noivinha-branca








Fonte:https:www.wikiaves.com.br/wiki


Também conhecida como lavadeira, lavadeira-grande, lavandeira (Maranhão), noivinha (Pernambuco) e pombinha-das-almas. A noivinha-branca (Xolmis velatus) é uma espécie migratória, típica de áreas campestres, da família Tyrannidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: de Xolmis= vocábulo de origem incerta. Provavelmente se refere ao asteca “xomotl”, nome de ave registrado por Hernandez(1651), no México; do (latim) velatus = velado ou vendado. ⇒ Ave xolmis velada/vendada.

Características

Mede cerca de 20 centímetros. Cabeça esbranquiçada, uropígio e coberteiras superiores da cauda brancas, assim como a base da cauda. Pode ser confundida com duas outras espécies do gênero, a noivinha (Xolmis irupero), que possui o corpo quase inteiro branco, exceto pelas asas e cauda, e a primavera (Xolmis cinereus), que é mais cinzenta, tendo a noivinha-branca, portanto, uma coloração intermediária entre estas duas espécies.

Alimentação

Alimenta-se principalmente de insetos capturados em voos curtos, retornando em seguida ao poleiro, mas também consome pequenos frutos. Encontrada apanhando insetos a partir de seu poleiro favorito, bem exposto. Às vezes é vista caçando usando voos a pouca altura, no mesmo lugar (peneirando).

Reprodução

Constrói ninhos abertos, em forma de cestinhos, tigela ou taça. Também pode fazer ninhos aproveitando o oco de troncos e árvores.

Hábitos

Típica de áreas campestres, passa a maior parte do tempo imóvel, pousada em árvores isoladas na paisagem, em postes de eletricidade ou mourões de cerca. Habita o campo, às vezes ao lado de primavera (Xolmis cinereus). É migratória.

Vive solitária ou aos casais, sendo pouco notada por seu canto, dificilmente emitido. De dia é silenciosa, surpreende de madrugada com seu canto intenso: um pio monótono, repetido a intervalos de 1 a 5 segundos; com pouca frequência faz ouvir esse assovio também de noite.

Distribuição Geográfica

Ocorre da foz do Amazonas ao Paraná e Mato Grosso, com registros esporádicos também em Santa Catarina. Embora a noivinha-branca seja considerada uma espécie migratória, é comum às espécies do gênero Xolmis realizar também deslocamentos irregulares, aparecendo em algumas localidades em alguns anos e desaparecendo depois.

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Coró-coró









 O coró-coró é uma ave pelecaniforme da família Threskiornithidae, sendo a única espécie florestal desta família. Recebe os nomes populares de caraúna, curubá, curicaca-parda, tapicuru, íbis verde e coroca.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) mesëmbrinos = do sul, sulino; e ibis = a ave íbis; e de cayannensis = originário de Cayena, na Guiana Francesa. ⇒ Íbis do sul, de Cayena.

Características

Adulto mede entre 48 e 56 centímetros de comprimento (Blake 1977, Hilty 2003). Pesa entre 715 e 785 gramas.
Segundo Blake (1977), ambos os sexos são similares, não aparentando dimorfismo sexual.
O adulto apresenta face, dorso, uropígio e coberteiras das asas escuras, com reflexos na coloração verde bronzeada. As primárias, secundárias exteriores e retrizes também escuras, apresentam reflexos de coloração azul metálico. As penas estreitas presentes na pequena crista da nuca e nos lados do pescoço são verde-esmeralda brilhante. A garganta e a parte dianteira da cabeça são cinza fosco.
A íris é marrom pálido, a pele nua da região orbital e do queixo é cinza. O bico longo e curvado é esverdeado. Os tarsos são curtos, não ultrapassando o comprimento das retrizes quando a ave está em voo e sua coloração bem como a coloração dos pés é esverdeada.
O filhote apresenta coloração cinza escuro com um anel periocular branco, que permanece por algum tempo, mas desaparece com a idade (Hancock et al., 1992).

Alimentação

Alimenta-se de invertebrados como minhocas, insetos, crustáceos e moluscos e também de plantas aquáticas.

Reprodução

Nidifica na mata alta e alagada, construindo seu ninho em plataformas sobre os galhos. Os filhotes são parecidos com os pais, mas com menor intensidade de brilho nas penas.

Hábitos

O coró-coró é frequente nas matas úmidas e escuras, e, aliás, segundo Sick (1997), é o único membro florestal da família. Em Ubatuba-SP, é visto em florestas úmidas de restinga, com solo parcialmente alagado e densa vegetação adventícia. Foi observado que nidifica em grandes árvores como o guanandi. (Observações pessoais de Henry Miller Alexandre)

Antes mesmo de raiar o sol ele deixa o pouso dentro da mata e sai a gritar, tanto em voo como no solo. Ave muito arisca, ao notar alguém nas proximidades alça voo seguido de gritos roucos e agudos (K'ró-k'ró-k'ró-K'ró-k'ró-k'ró-), semelhante ao timbre de um peru. Segundo o Wikipedia, é conhecido como “o mais barulhento dos íbis”. Vocaliza um som baixo, rouco, curto e ascendente, semelhante a um ronco ( K'rrróóó - k'rrróóó ), usado como territorial ou quando se comunicam com outros indivíduos próximos. Também vocaliza muito durante as primeiras horas do dia, com gritos trêmulos e roncos altos que podem ser ouvidos a vários metros de distância. Nesta vocalização (quando pousado) balança a cabeça e o pescoço rapidamente, inclinando o bico para cima, parecendo fazer uma encenação de display. Vive também em áreas urbanas arborizadas. Seu voo é semelhante ao das demais espécies da família, batendo levemente as asas para frente, com as pernas penduradas e o pescoço esticado.

Distribuição Geográfica

Habitando desde a região do Panamá até a do Paraguai e Argentina e em quase todo o Brasil.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Tapicuru






 
Fonte:https://www.wikiaves.com.br/


O tapicuru é uma ave Pelecaniforme da família Threskiornithidae.
Também conhecido por tapicuru-de-cara-pelada, maçarico-de-cara-pelada, maçarico-preto, maçarico-do-banhado (sul), chapéu-velho e frango-d'água.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) phimosus, phimus, phimos = focinho; e do (latim) infuscata, infuscatus, infuscus = escuro, enegrecido. ⇒ Ave escura com focinho ou ave negra com focinho.

Características

Mede entre 46 e 54 centímetros de comprimento e pesa entre 493 e 600 gramas.
Possui um longo e característico bico, o qual varia de um amarelo alaranjado até o amarelo vivo, cores que contrastam com o corpo negro. A cara é também amarelada.

Alimentação

Alimenta-se de crustáceos, moluscos, caranguejos e inclusive matéria vegetal (sementes e folhas). Procura alimento na água rasa usando o bico para isso, caminhando lentamente. Às vezes deixa um quarto dele submerso, assim como faz o guará (Eudocimus ruber).

Reprodução

Costuma se isolar em casais ao procriar. Nidifica em juncais. Os ovos são azulados e a incubação varia de 23 a 24 dias.

Hábitos

Vive em brejos, margens de rios, banhados e campos recentemente arados. Dorme em áreas abertas ou pousado no solo. Já no Pantanal, se reúne em bandos enormes, voando alto para o local de repouso. De manhã o bando já está espalhado, atrás de comida.

Distribuição Geográfica

Ocorre no Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Colhereiro










Fonte:https://www.wikiaves.com/



Colhereiro

 O colhereiro é uma ave pelecaniforme da família Threskiornithidae. Também conhecido como ajajá e colhereiro-americano. Nome Científico Seu nome científico significa: do (latim) platalea = bico em forma de colher (origem do grego platea = largo); e do (tupi) ayayá ou ajajá Colhereiro rosado ⇒ Ave rosada com bico em forma de colher ou colhereiro rosado.

  Características

O colhereiro mede entre 68,5 e 86,5 centímetros de comprimento e pesa entre 1150 e 1400 gramas. A coloração geral da plumagem é rosada, sendo que as asas e parte inferior das costas são fortemente rosadas com algumas penas avermelhadas. Pescoço, peito e parte superior das costas são rosadas mas com uma tonalidade mais clara, quase branca. As pernas são vermelhas com os dedos ligeiramente mais escuras. Os dedos são semipalmados. O bico cinza possui a forma de uma colher, medindo cerca de 20 centímetros. Sua extremidade é plana e arredondada. Os adultos têm cabeça cinzenta e nua. Não há distinção entre a plumagem do macho e da fêmea. Os juvenis apresentam a plumagem da cabeça branca e o resto do corpo com penas na cor rosa mais claro que no indivíduo adulto.

  Alimentação

Peneira a água, sacudindo e mergulhando o bico à procura de alimento, dentre eles peixes, pequenos anfíbios, insetos, camarões, moluscos e crustáceos. A presença de algumas substâncias nestes itens alimentares, chamadas carotenóides, dão uma coloração rosada ao colhereiro, que se torna mais intensa na época reprodutiva.

  Reprodução

Têm uma parada nupcial elaborada, que inclui batimentos de bico e ofertas mútuas de galhinhos. Ele nidifica em colônias e constrói o ninho com gravetos e talos secos de gramíneas em árvores. As colônias costumam ser mistas, englobando outras espécies de aves, como biguás e garças. A fêmea geralmente realiza a postura de 2 a 3 ovos que são incubados por cerca de 22 dias. Após 6 semanas o juvenil começa a voar e aos 3 anos de idade atinge a maturidade sexual e apresenta a plumagem adulta. Chega a viver entre 10 e 15 anos.

  Hábitos

Habita ambientes aquáticos, como praias lamacentas e manguezais, e realiza migrações sazonais. O colhereiro, também conhecido por ajajá, é um animal gregário, ou seja, que vive em bandos.

  Distribuição Geográfica

Com ocorrência na região neotropical, distribuindo-se do sul dos EUA à Argentina, ocorrendo também em áreas do Equador e Peru.