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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Seriema



 
 







Fonte: http://www.wikiaves.com.br/

A seriema é uma ave cariamiforme da família Cariamidae. Conhecida também como sariema (Ceará) e seriema-de-pé-vermelho. O nome seriema deriva das palavras em tupi “çaria” (= crista) + “am” (= levantada). Ave símbolo do Estado de Minas Gerais. Seu nome científico significa: Çariama = nome, provavelmente indígena para a ave; e do (latim) cristata, cristatum = crista, crista emplumada. ⇒ Cariama com crista. Ave típica dos cerrados do Brasil, a seriema possui porte imponente e cauda longa. A seriema inspirou diversas canções pelos rincões do Brasil. Exemplo bastante típico é este trecho da canção Seriema de autoria de Nhô Pai e Mario Zan, gravada por vários artistas sertanejos:

  Características

 Sua plumagem é cinza-amarelada, com finas riscas escuras: abdomên um pouco mais claro, bico e pernas vermelhos. Tem a crista formada por um tufo de penas longas, com cerca de 12 centímetros. É uma das poucas aves que possuem pestanas. Atinge uma altura média de 70 centímetros, podendo chegar a 90 centímetros de comprimento e pesar até 1,4 quilo. O porte dos jovens podem ser igual ao dos adultos e, para diferenciá-los, a cor dos olhos é uma das melhores maneiras. Nos adultos, os olhos são acinzentados; já nos jovens, são amarelados. Seu canto é marcante, podendo ser ouvido a mais de 1 quilômetro. Seus gritos, seja de uma ave solitária, seja de um casal em dueto, são altos e longos. Parecem longas risadas, as quais vão acelerando-se e aumentando de tom à medida que a ave repete o canto. Pode permanecer gritando por vários minutos a fio.

  Alimentação

Sua alimentação é semelhante a um gavião, comendo desde insetos até pequenos vertebrados. Mata as presas com o bico, uma vez que os dedos são relativamente pequenos e sem garras. Uma presa maior é desmembrada, pisando sobre ela e retirando pedaços com o bico poderoso. Graças ao hábito de comer cobras, é protegida pelos fazendeiros e sitiantes. Pode ficar acostumada à presença humana e freqüentar os jardins das casas. Fazem ainda parte de sua dieta vermes, roedores, insetos, ovos de outras espécies e pequenos répteis.

  Reprodução

Faz ninho desde a pouca altura do chão até a 4 ou 5 metros do solo, a árvore tende ser tal que permita a ascensão da ave, em saltos auxiliados por curtas esvoaçadas, até o ninho. Utiliza gravetos e galhos frágeis, forrando-o com estrume de gado, barro ou folhas secas. Põe 2 ovos branco-rosados, manchados de castanho. O casal alterna-se para chocar os ovos, período que dura entre 24 e 30 dias. O filhote nasce com uma penugem amarronzada, fina e longa na cabeça. Depois de duas semanas, abandona o ninho com os pais, levando cerca de 4 a 5 meses para adquirir a plumagem de adulto.

  Hábitos

Comum em cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Anda pelo chão, aos pares ou em pequenos bandos. Se perseguida, foge correndo, deixando para voar somente se muito pressionada, chegando a atingir velocidades superiores a 50 km/h antes de levantar voo. Cansada, voa pequenos trechos antes de pousar e voltar a correr. Vive aos casais, sendo mais facilmente escutada do que observada. De hábitos terrestres, empoleira-se no alto de árvores para dormir. Ao voar, destacam-se as faixas claras e escuras de asas e cauda.

  Distribuição Geográfica

Presente em áreas abertas desde o Maranhão e sul do Pará até o oeste do Mato Grosso; presente nos estados da região sudeste e sul do Brasil; ausente em áreas amplamente florestadas da Amazônia. Encontrada também na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

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