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O savacu é uma ave Pelecaniforme da família Ardeidae. Conhecido também como garça-cinzenta, sabacu, savacu-de-coroa, sabacu-de-coroa (Bahia), taquari ou taquiri (Pará), taiaçu (algumas regiões da Amazônia), dorminhoco (Rio Grande do Sul), socó, garça-dorminhoca, guacurú ou guaicuru, arapapá-de-bico-comprido, garça-da-noite ou ainda socó-dorminhoco. O nome socó-dorminhoco deve-se ao fato desta ave passar boa parte do dia dormindo, mas no entanto poucas pessoas sabem que na verdade trata-se de uma espécie predominantemente noturna.
Características
Apresenta o alto da cabeça e o dorso negros, asas cinzentas, olhos grandes e vermelhos. O imaturo, que apresenta uma coloração marrom-clara malhada com tons mais escuros, pode ser confundido com os imaturos de socó-boi (Tigrisoma lineatum), que são maiores e mais alongados, e com os de socó-boi-baio (Botaurus pinnatus), que mantém a coloração “carijó” mesmo quando adulto e apresenta bico e pescoço mais longos e finos. Mede cerca de 60 cm. É interessante notar que esta espécie quando jovem apresenta uma cor amarelada nos olhos e que após adulta fica avermelhada.
Alimentação
Alimenta-se de peixes, anfíbios, crustáceos, insetos e pequenos répteis. Pesca às vezes sobrevoando águas profundas.
Reprodução
A época reprodutiva é entre setembro e janeiro. Ambos os sexos participam da construção do ninho, da incubação de até cinco ovos assincrônicos, de cor esverdeados ou verde-azulados, entre 21 a 24 dias, com os filhotes permanecendo entre 30 a 50 dias no ninho. Reproduz-se em colônias, em ninhos construídos entre 1 e 7 m de altura. Geralmente nidifica em colônias mistas de tamanho e densidade variáveis. Os filhotes começam a nascer em novembro, culminando o abandono da colônia em meados de janeiro. O principal predador da colônia é o urubu, que preda os ovos no início da temporada e os filhotes no final.
Hábitos
Vive em bordas de lagos, lagoas e rios. Ave de hábito noturno e crepuscular. Durante o dia repousa em galhos de grandes árvores. Tem hábito de colocar o bico sobre o peito verticalmente para dormir. Uma das garças mais cosmopolitas, sendo que nos países mais frios é migratória e forma grupos grandes, enquanto nos países tropicais é geralmente solitária. Pode ser encontrada quase em qualquer local onde haja água e peixes ou anfíbios, desde pequenos lagos artificiais até costões rochosos no mar. Seu modo de caça principal é “senta e espera”, mas também pode usar seus longos dedos para cutucar o lodo e as pedras de rios e lagos espantando assim pequenos peixes que são capturados com precisão. Os imaturos são mais diurnos do que os adultos, mas passam a caçar mais à noite conforme vão crescendo. Em locais onde existem muitos pescadores alguns socós aprenderam a pegar pequenos peixes descartados pelos pescadores. Em alguns pesque-pagues chegam até mesmo a deixar de pescar por si próprios e se aproximam dos pescadores ao menor sinal de movimento na vara, alguns até mesmo pegando os peixes diretamente da mão das pessoas. O problema deste hábito é que muitas vezes acabam se enroscando em anzóis e linhas, o que pode levá-los a morte por hemorragia ou asfixia.
Distribuição Geográfica
Presente em quase todo o Brasil com ampla distribuição geográfica ocorrendo do Canadá à Terra do Fogo e Velho Mundo. Ocorrências registradas no WikiAves
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